Já fumei dez maços e mandei tudo pro espaço. Sim, eu queria paz, mas tudo que encontrei nos meus caminhos desastrosos e tortos, foi a incumbência de carregar um amor partido, um paradoxo que não virou antítese, um sim e um não sendo talvez ao mesmo tempo. Algo incerto de linhas verdes e caídas. A cor do nojo. A cor do desejo de nunca ter sido.
O gesto que me levou a constatar a desalegria de iludir e disfarçar a frieza dos meus sentimentos, foi maior que o fogo que um dia ardeu, no primeiro dia que te vi. Hoje, tudo que restou foi um rastro, e mais uma cicatriz... Algo que um dia irá sarar, eventualmente, e eu continuarei aqui, caminhando, seguindo, tentando amar, me levantando e me reerguendo... Pensando, como seria bom ou não, se eu tivesse deixado de lado minhas divergências e desprazeres, meus orgulhos e mal dizeres, minhas vontades e meus danos, minhas paredes e meus danos.
Sim, tentei amar, e mais uma vez não consegui.
Mais uma vez o AMOR, mostra sua verdadeira e ao mesmo tempo falsa face para mim. Mais uma vez o "amor", tão mencionado por todos os casaisinhos apaixonados, se mostra uma rã, feia e gosmenta para mim. Uma lesma, nojenta. Um inseto. Uma merda. Uma bosta.
Por que tem que ser assim?