Saida, uma palavra de cinco letras, e infinitos significados; do inglês exit, do italiano uscita, do alemão ausgang, do grego anachórisis; em cada língua elas tem o mesmo significado e inúmeras aplicações conotativas. Quando se estuda uma língua estrangeira, sempre se tem a possibilidade de comparar e brincar com os diferentes significados. As línguas são muito complexas, podem nos confundir com seus símbolos e acentos, podem se misturar com nossa língua criando expressões e novas palavras e quanto mais se aprende mais se quer aprender. É incrível como as palávras podem ser maleáveis e surreais, eu gosto disso, dessa coisa abstrata e organizada que é a gramática.
Sendo assim, posso imaginar como seria um mundo regido somente por letras, códigos semânticos, símbolos e acentos ortográficos. Palavras apenas. Seria um mundo totalmente diferente, sem leis de inércia ou equações químicas, sem números, sem sentido. Como seria viver neste mundo? Ah! Se pudéssemos escolher tirar o 2 do CO², não haveria tanta poluição na nossa atmosfera. Se pudéssemos mutar o imutável ou usar totalmente nosso cérebro, talvez os número não importassem mais. Talvez Báhskara seria só mais um hindú e Einstein só mais um nazista. Talvez Arquimedes e Da Vinci tivessem sido poetas, ou sorveteiros; quem sabe? Só sei que se os números não existissem, as pessoas não precisariam pagar pelas coisas. Usaríamos apenas bons argumentos e palavras.
Quem disse que o mundo não pode ser assim? Já foi, na época dos índios e do homem de Neanderthal. Sei, em nossa sociedade moderna, os números importam e as palavras não. Então aí está o por que das guerras e dos milhões de mortos. Se os números fossem palavras, precisaríamos de um texto muito grande e muito horrível para matar um ser humano, algo que entrasse em nossa mente de uma forma desastrosa e que fosse muito destrutivo, como por exemplo alguns textos musicais, como o Funk por exemplo, só que num grau mais elevado. Mas com certeza demoraríamos mais tempo pensando e escrevendo, ao invés de matar.
Com tudo isso, ainda nos consideramos ''Sociedade Moderna".
William Minuzzi
William Minuzzi
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